O Dia do Maçom no Brasil é comemorado dia 20 de Agosto.
Muitos mistérios envolvem os maçons e os rituais maçônicos.
Mas, esta data foi escolhida para celebrar o importante papel que esta "sociedade secreta" teve para um dos momentos históricos mais emblemáticos do país: a Independência do Brasil.
símbolo maçonaria
O símbolo da maçonaria é representado por um esquadro, um compasso e a letra "G", que remete à "God" (Deus)
Origem do Dia dos Maçons
De acordo com a história maçônica, no dia 20 de Agosto de 1822 aconteceu uma sessão histórica entre as Lojas de Maçonaria "Comércio e Artes" e "União e Tranquilidade", na cidade do Rio de Janeiro.
Na ocasião, o Irmão Gonçalves Ledo teria feito um discurso emocionante e inspirador, pedindo a Independência do Brasil ainda naquele ano.
Gonçalves Ledo, considerado o integrante de maior destaque na maçonaria brasileira, era também um jornalista e político liberal, portanto, tinha influência na sociedade da época.
A ideia de Gonçalves foi aprovada por todos os irmãos naquela reunião e registrada na ata do Calendário Maçônico no 20º dia, do 6º mês do ano da Verdadeira Luz de 5.822.
Esta data, convertida para o calendário gregoriano (o que é usado na maioria dos países ocidentais), seria equivalente ao dia 20 de Agosto de 1822.
Teria sido por impulso da sociedade maçônica que o Príncipe Regente Dom Pedro I teria proclamado a Independência do Brasil no dia 7 de Setembro de 1822 (menos de um mês depois da grande reunião no Rio de Janeiro).
A data oficial foi registrada no artigo 179 da Constituição do Grande Oriente do Brasil, tornando o dia 20 de Agosto o Dia do Maçom Brasileiro.
A Maçonaria está no Brasil há quase dois séculos. Os primeiros registros aparecem com a fundação do Grande Oriente do Brasil (GOB), ao qual é filiado o Grande Oriente de São Paulo (GOSP), numa estrutura muito semelhante à do Governo Federal e seus estados. Essa fundação aconteceu em 17 de junho de 1822, momento em que os maçons protagonizavam momentos decisivos na história do país como o processo de Independência. Depois disso veio a Proclamação da República, o fim da escravidão e, aqui em São Paulo, a Revolução Constitucionalista de 1932.
Todas as batalhas políticas e sociais da Ordem foram traçadas em prol do progresso, mas ainda assim não foi possível evitar que, por conta da maneira discreta pela qual a Maçonaria sempre atuou, estórias e mitos fossem construídos. Sendo assim, no Brasil e em grande parte do mundo a Maçonaria é interpretada com um olhar voltado apenas para o lado fantasioso das lendas que foram criadas, como a imagem de uma seita ocultista ou mesmo de ser responsável por uma espécie de delírio em que existe um plano de dominação mundial.
É por isso que precisamos aproveitar momentos como agosto, em que é comemorado o Dia do Maçom, para nos apresentarmos e dizer à sociedade o que somos e o que fazemos.
Além dos feitos notáveis já descritos, os Maçons participam hoje ativamente em pequenas decisões políticas e nos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. Entretanto, essa atuação não é na forma de uma conspiração para comandar ou exercer influências escusas, mas para que juntos façam com que o país use plenamente os benefícios da Democracia em prol de um verdadeiro avanço.
Um Irmão, como nos chamamos entre nossas fileiras, quando apresenta um projeto na Câmara dos Deputados, por exemplo, provavelmente já discutiu essas ideias previamente em sua Loja Maçônica, e provavelmente contou com opiniões de outros maçons que o ajudam a pensar no que a sociedade precisa e o que pode ser feito em sua atividade política. Portanto, este projeto chega ao poder carregado por discussões centradas no desenvolvimento social e sem influência de interesses secundários, como benefícios políticos que os partidos ou demais políticos podem querer.
Dessa forma, os nossos feitos nos permitem nesse 20 de agosto celebrar o Dia do Maçom, data que lembra os primeiros passos dados no processo de Independência. A história nos conta que foi de uma reunião de membros da Maçonaria em 1822, no Rio de Janeiro, que surgiu o impulso que levou Dom Pedro I a soltar o famoso brado retumbante de “independência ou morte”, semanas mais tarde.
Portanto, quando as comemorações do Dia do Maçom começam, não lembramos apenas dos companheiros de Lojas pelo estado, mas trazemos à memória nomes como José Bonifácio de Andrade e Silva, que marchou pela independência, e Deodoro da Fonseca, líder no processo de Proclamação da República e primeiro Presidente do Brasil.
ASCOMCMBSF/AGORAVALE
Data de Publicação: segunda-feira, 19 de agosto de 2024