O indivíduo que muda de uma região para a outra, dentro do mesmo país, é denominado migrante. Nesta oportunidade, saudamos aqueles que por força maior, tiveram de deixar nossa cidade, nossa região e nosso estado para migrar para outros centros. Ao mesmo tempo, saudamos todos aqueles que escolheram nosso municípío e região, para aqui edificarem suas famílias e seus empreendimentos.
Isso devido que o migrante pode constituir família, conseguir ocupação e fazer amigos no local para onde migrou ou, ao contrário, ter deixado tudo isso na localidade na qual morava, para tentar a sorte em outra cidade.
A migração é um movimento comum no Brasil, principalmente devido a grande extensão do país. Devido a essa peculiaridade, grande parte de nosso território foi ocupada por meio de movimentos migratórios. O primeiro fluxo aconteceu no século XVI, quando criadores de gado do litoral nordestino partiram rumo ao sertão. Nos séculos XVII e XVIII, as regiões mineradoras dos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, atraíram nordestinos e paulistas.
A diminuição da produção do ouro, por sua vez, ocorrida no século XIX, trouxe parte desse contingente populacional para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a cultura cafeeira cresceu. Ainda no fim do século XIX, iniciou-se a migração do Nordeste – mais especificamente do Ceará – para a Amazônia, devido à extração da borracha, que adquiriu forte impulso.
Esse fluxo migratório no país continuou também na primeira metade do século XX, quando os nordestinos dirigiram-se para o oeste paulista, à procura de trabalho nas culturas de café e algodão.
Com o término da Segunda Guerra Mundial, o nascimento da indústria contribuiu para o aumento da migração em direção aos grandes centros urbanos. Conseqüentemente, aumentou o número de migrantes que vinham do Nordeste para o Sudeste, principalmente para São Paulo.
A construção de Brasília, em meados dos anos 50, tornou-se foco de atração, ajudando na ocupação da região Centro-Oeste. Já em 70, a modernização da agricultura na região Sul expulsou muita gente do campo para o Centro-Oeste e para o Norte, avançando a fronteira agrícola. Na década de 80, garimpeiros foram atraídos para as zonas de mineração da Amazônia, Maranhão e Pará, em particular.
Dia do Migrante 19 de Junho
O indivíduo que muda de uma região para a outra, no interior de um país, é denominado um cidadão migrante.
Ele pode constituir família, conseguir ocupação e fazer amigos no local para onde migrou ou, ao contrário, ter deixado tudo isso na localidade na qual morava, para tentar a sorte em outra cidade. Faz novos amigos, arranja outro emprego, sendo possível até que volte ou mande vir para junto de si seus familiares. Isto quando não migram famílias inteiras.
Mas o que leva uma pessoa a querer sair de determinado lugar para viver em outro?
Geralmente o impulso principal é a esperança de uma vida melhor. Sonhos, planos de melhoria e sucesso.
Mudanças como essas parecem simples, porém mexem com diversas estruturas, como veremos adiante, acrescentando positiva ou negativamente à sociedade.
Migração
No Brasil, grandes extensões de terra foram ocupadas graças aos movimentos migratórios. O primeiro fluxo aconteceu no século XVI, quando criadores de gado do litoral nordestino partiram rumo ao sertão. Nos séculos XVII e XVIII, as regiões mineradoras dos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso atraíram nordestinos e paulistas.
A diminuição da produção do ouro, por sua vez, ocorrida no século XIX, trouxe parte desse contingente populacional para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, onde a cultura cafeeira cresceu.
Ainda no fim do século XIX, iniciou-se a migração do Nordeste – mais especificamente do Ceará – para a Amazônia, devido à extração da borracha, que adquiriu forte impulso.
Esse fluxo migratório no país continuou também na primeira metade do século XX, quando os nordestinos dirigiram-se para o oeste paulista, à procura de trabalho nas culturas de café e algodão.
Com o término da Segunda Guerra Mundial, o nascimento da indústria contribuiu para o aumento da migração em direção aos grandes centros urbanos. Conseqüentemente, aumentou o número de migrantes que vinha do Nordeste para o Sudeste, principalmente São Paulo.
A construção de Brasília, em meados dos anos 50, tornou-se foco de atração, ajudando na ocupação da região Centro-Oeste. Já em 70, a modernização da agricultura na região Sul expulsou muita gente do campo para o Centro-Oeste e para o Norte, avançando a fronteira agrícola.
Na década de 80, garimpeiros foram atraídos para as zonas de mineração da Amazônia, Maranhão e Pará em particular.
MUDANÇAS APARTIR DA MIGRAÇÃO
São feitas muitas análises sobre as causas e conseqüências da migração. Uma delas é a que foi realizada no núcleo de estudos populacionais da Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central (CODEPLAN). Nesse estudo, percebe-se os efeitos da migração sobre o comportamento reprodutivo da mulher.
Pesquisando migrantes no Distrito Federal, de 1960 a 1991, foi encontrada uma relação entre movimento migratório e fecundidade, constatando-se a diminuição do número de filhos naquelas mulheres.
Em 1980, por exemplo, de acordo com a pesquisa, a mulher nordestina que continuou em seu lugar de origem teve 6,60 filhos, em média, enquanto a migrante no DF teve 5,66 filhos, no mesmo período. Em 1991, essas taxas tiveram queda de 5,54 e 4,30 filhos, respectivamente.
Ainda de acordo com o trabalho, as razões para essa baixa na reprodução se constituem nas seguintes: ruptura dos padrões de origem, superação do stress por causa da mudança, a existência de uma fase adaptativa ao novo lugar, além, é claro, da adaptação aos padrões do novo local de moradia, no caso, o DF.
A migração também pode, ainda que involuntariamente, influir na qualidade de vida de uma cidade. Pelo menos é o que nos mostra artigo publicado no Estado de São Paulo, do dia 15/03/98, caderno cidade. Título: Caçapava enfrenta efeitos da migração.
Conforme informação do texto, a cidade de Caçapava, no Vale do Paraíba, não registrava índice de miseráveis, até que, em meados dos anos 80, esse quadro começou a mudar, piorando consideravelmente a partir de 1991. Neste período, 20,8% da população tinham renda per capita inferior a meio salário mínimo, sendo que 2,4% sequer possuíam um rendimento mensal e 6,28% recebiam até um quarto do mínimo.
Dois anos depois, ou seja, em 1993, a indigência chegava a 10,1% da população local, composta de 70 mil habitantes. Um recorde na região.
Próxima a grandes pólos de atração de migrantes, como São José dos Campos e Taubaté, boa parte deles acabou procurando em Caçapava um refúgio, o que veio a prejudicar os serviços sociais da cidade, com o aumento dos níveis de pobreza.
Com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ASCOMCMBSF
Data de Publicação: quarta-feira, 19 de junho de 2019