Cada país tem a sua própria estrutura de linguagem, que pode variar inclusive de região para região, dependendo da cultura do local e das expressões e regionalismos utilizados na linguagem comum.
Por isso, a Língua Brasileira de Sinais não funciona com a simples gestualização da língua portuguesa através do alfabeto. A comunicação ocorre por diferentes níveis linguísticos, através da interpretação e das relações entre os elementos que compõem uma frase.
Assim, sua principal diferença em relação à comunicação das pessoas ouvintes está no modo de articulação da linguagem, que acontece de forma visual-espacial e não através da emissão de sons.
Para se comunicar utilizando a Língua Brasileira de Sinais, além de conhecer os sinais, é preciso também conhecer as estruturas gramaticais para combinar as frases e estabelecer a comunicação de forma correta e eficaz.
No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais foi estabelecida através da lei nº 10.436/2002 como a língua oficial das pessoas surdas.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
A lei define que é obrigação dos governos garantir formas de incentivar o uso e a divulgação da Língua Brasileira de Sinais nas instituições públicas. A lei também tornou obrigatório o ensino de LIBRAS nos cursos de formação em Educação Especial, no ensino médio e no ensino superior. A regra se aplica para o sistema de educação federal, estadual e municipal.
A Língua Brasileira de Sinais também pode ser difundida e aprendida por intérpretes, que podem ser pessoas ouvintes especializadas em trabalhar com pessoas surdas. A função de intérprete ainda está em crescimento, mas já foi reconhecida e regulamentada através da Lei nº 12.319/2010.
Além da profissão de intérprete, outros mecanismos e instrumentos de divulgação da linguagem ajudam a tornar a Língua Brasileira de Sinais mais acessível a todos, como o dicionário de LIBRAS, cursos de formação e o alfabeto em LIBRAS, conforme mostra a imagem abaixo:
Veja também: alfabetos
A seguir estão os sinais em LIBRAS para os números cardinais:
Para expressar os números ordinais (primeiro, segundo, terceiro, quarto...), basta fazer os mesmos sinais para os números cardinais, mas tremendo levemente com a mão.
Os sinais dessa linguagem surgem da combinação de movimentos da mão e de pontos de articulação, que são locais no próprio corpo humano ou no espaço onde os sinais são feitos. A linguagem também inclui o uso de expressões faciais e corporais. Desta forma, a Língua Brasileira de Sinais configura um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos.
Existem algumas particularidades da língua, que facilitam sua compreensão, como o fato dos verbos sempre se apresentarem no modo infinitivo e os pronomes pessoais não existirem. A existência dessas regras faz com o que o utilizador da língua sempre aponte a pessoa a quem se refere para ser melhor entendido.
https://www.youtube.com/watch?v=z0-H0ivL7aE
ASCOMCMBSF
Data de Publicação: quinta-feira, 26 de setembro de 2019
Endereço:
Rua Tiradentes, n° 205 – Bairro Irmãos Fernandes
Barra de São Francisco – ES
Rua Tiradentes, n° 205 – Bairro Irmãos Fernandes
Barra de São Francisco – ES
Telefone(s): (27) 3756-2720
E-mail: faleconosco@barradesaofrancisco.es.leg.br
Atendimento ao Público:
Segunda das 08h00 às 17h00
Terça a Sexta-feira 08 às 13h00
Horário das Sessões Plenárias:
17 horas (Calendário)